Na faculdade pude observar que alguns alunos tem prazer em assistir a esse tipo de programação, como ao BBB (uma rara excessão, mas tem). Infelizmente não é apenas lá que existe gente assim. Mas, com todo respeito aos telespectadores, como bem observado no blog Conexão JA e inspirado pelo título do artigo de Nei Matsumoto, a sigla BBB é muito melhor empregada como Big Besteirada Brasileira e certamente qualquer um que seja no mínimo crítico ao que escolhe assistir poderá perceber isso.
Eu iria mais longe, como bem colocado no Observatório da Imprensa, é um “fracasso ético, fracasso de cidadania, fracasso de respeito aos direitos humanos fundamentais.” Levando em consideração programas como este fica quase que compreensível o que o filósofo alemão Friederich Nietzsche (1844-1900) afirmou: “O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele”.
Depois de 10 edições, com 140 participantes e 8,5 milhões em prêmios entregues, em sua 11ª edição mudanças foram anunciadas, mas obviamente não para melhor, como é de se esperar de um programa com suas características, no qual a ética passa bem longe. “O formato será sempre o mesmo, consagrado pelo público e pelos anunciantes: invasão de privacidade com a venda de corpos quase sempre sarados, bronzeados e bem torneados e com a exposição de mentes vazias a abrigar ideias que trafegam entre a futilidade e a galeria de preconceitos contra negros, pobres, analfabetos funcionais” é o que bem observa o jornalista e escritor Washington Araújo. Já de acordo com o diretor do programa, segundo o G1, “nada é proibido no BBB, pode fazer o que quiser”. Aí a gente para e pensa. Se a imoralidade e baixaria, e todo tipo de exploração já eram intensos nas outras edições, imagine nessa edição sem proibições!
A gente ainda escuta “saiba o que está acontecendo na casa do BBB 11”. Fala sério! Como bem observado pelo jornalista Michelson Borges, em seu Twitter, tenho mais o que fazer. Tenho uma casa de verdade para cuidar e me preocupar. Tenho uma vida de verdade para edificar. O tempo não nos foi dado para perdermos nos expondo à sexualidade, baixaria, imundícia e outras besteiradas mais.
Agora, se tem alguém que ainda assim quer escolher assistir, é uma pena. Mas a liberdade de escolha nos foi dada e é direito deste alguém escolher assim. Pelo menos não foi por falta de análise crítica, e conselhos inspirados, que aliás dizem algo como “Sobretudo o que deves guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”(Provérbios 4:23). Caro leitor, guarde seu coração, sua mente de tais conteúdos. Invista seu tempo no que vale a pena, no que lhe edifica, no que glorifica a Deus. "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa [por que não, assistir TV], fazei tudo para glória de Deus." (I Coríntios 10 : 31).
(Henderson Rogers)
(Henderson Rogers)