Certa vez vi um trabalhador com uma camisa que me chamou a atenção e me levou à uma profunda reflexão, parte dela exposta nesta postagem. Na camisa estava escrito, com uma figura bem grande de um coelhinho animado, o seguinte: “Páscoa é Lacta”. Isso me fez pensar: Qual o verdadeiro sentido da Páscoa?
Quando chega esse período em que nos encontramos é mais do que comum ver propagandas e mais propagandas sobre coelhos e ovos de chocolate, cada vez mais diversificados. Outro dia até recebi um tweet que dizia para que eu aproveitasse a oportunidade para comprar ovos de páscoa e parcelar em até 12 vezes de R$2,00! Parece até piada, não é? Mas é verdade. A época conhecida como páscoa chegou e o foco principal dela se tornou coelhos, chocolates, consumismo.
E a questão inicial ainda continua: Qual o verdadeiro sentido da Páscoa?
Na verdade Páscoa nada tem a ver com coelhos, ovos e muito menos com chocolate. Páscoa, do hebraico pessach, significa “passagem”, e é uma festa judaica em que o povo de Israel relembrava a libertação da escravidão e saída do Egito. Passagem porque os judeus deveriam celebrar essa festa, de 7 dias (Êxodo 12:18), prontos para partirem do Egito (ver Êxodo 12:12-28), rapidamente, e assim, essa festa foi relembrada e tem sido comemorada de geração em geração.
Após a vinda de Jesus Cristo à Terra, a Páscoa começou a ter um significado a mais, sem perder o significado anterior, visto que foi nesse período que Cristo morreu e ressuscitou, ou seja, também passou a ser a rememoração da morte e ressurreição de Cristo, melhor ainda, a celebração da salvação oferecida à humanidade por meio de Jesus.
Um detalhe é importante ressaltar, para compreender o verdadeiro significado da Páscoa, que é comum à Páscoa celebrada antes de Cristo e à Páscoa celebrada depois de Cristo: Na celebração da primeira Páscoa, os israelitas passaram sangue de cordeiro nos umbrais das portas, que serviria de sinal para que os primogênitos não fossem mortos na última praga que caiu sobre os egípcios. Naquela época sangue do cordeiro salvou vidas (Êxodo 12:3-7, 13). Na páscoa a partir da morte de Cristo, mais uma vez o sangue foi derramado, mas não de um animal, já que este era sacrificado para que as pessoas se lembrassem da promessa feita desde a fundação do mundo (Hebreus 9:26) de que alguém morreria no lugar do pecador. E isso se concretizou em Cristo, predito como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29, 36) que veio para esta terra não para ser um mero mestre, profeta, ou homem revolucionário, mas que veio para morrer pela humanidade, até por aqueles que nem acreditam nEle, nem o valorizam, ou seja, veio para oferecer oportunidade de salvação para todos que nasceram e que iriam nascer, mas salvação esta que só tem efeito naqueles que aceitam-na (João 3:16). Mais uma vez, o sangue, desta vez do Cordeiro de Deus, salvou vidas. Ou seja, a Páscoa representa salvação, mais do que uma libertação da escravidão do Egito (como foi na primeira Páscoa), mas uma libertação para todos nós, aprisionados pelo pecado que vem causando a destruição do planeta, dos animais, dos seres humanos.
Comemorar a Páscoa, vai além do que comer pães asmos (sem fermento), peixe, ovos de chocolate, etc. Comemorar a Páscoa é comemorar a salvação, é relembrar este ato de amor, que não pode ser comparado nem explicado, amor esse capaz de se importar por aqueles que nem se importavam: O amor de Deus pelo ser humano, manifestado na pessoa de Jesus Cristo e no ato dar a vida por amor.
Você percebe agora como coelhos e ovos vulgarizam todo o plano de salvação, criado por Deus – a morte do Filho unigênito, Jesus Cristo? Percebe também como o mundo cada vez mais tem desviado o foco das coisas que realmente importam, como o amor de Deus por nós? E neste caso, o fazem a partir das criancinhas! Definitivamente, querido leitor, jovem, adulto e criança, Páscoa não é Lacta ou qualquer outra marca barata de chocolate (por mais que tentem relacionar coelhos, ovos e chocolate, para tentar enfeitar essa época). A Páscoa é Jesus, e toda a salvação oferecida por Ele. Tem a ver com o Cordeiro de Deus, e não com um coelho. Tem a ver com salvação e não com ovos. Tem a ver com Vida Eterna e não com chocolate. Que tal passar esse período vivendo a verdadeira Páscoa? Não é difícil, basta aceitar Aquele que se fez páscoa por nós e dessa forma viver a sua vida exemplar.
Pense nisso e tenha uma Feliz Páscoa!
(Henderson Rogers)
Pense nisso e tenha uma Feliz Páscoa!
(Henderson Rogers)