Cabelos ao vento, olhos na estrada. Ele corria em seu esportivo, curtindo cada curva. Naquela região montanhosa, as estradas eram repletas de curvas sinuosas. Mas em determinado ponto, o rapaz se viu surpreendido por outro carro. A mulher que o dirigia não conseguiu compensar a curva e invadiu sua pista. Somente no último instante, ela voltou para sua pista, evitando a colisão frontal. Quando seu carro passou pelo do moço, ela gritou: "porco!".
Visivelmente indignado, o rapaz gritou de volta: "leitão!". Pronto. Como aquela doida tivera coragem de ofendê-lo, sendo que, em caso de acidente, ela seria a responsável? Ao completar a curva, o jovem se deparou com aquilo que a curva não o permitia ver: um porco no meio da estrada!...
É fácil ouvir coisas e tirar conclusões apressadas, não é? Temos de ser criteriosos ao extremo, para não incorrermos no erro de julgar algo de forma equivocada. Jesus afirmou: "Não julguem para que vocês não sejam julgados." (Mt 7:1, NVI). Jesus nos adverte contra o juízo temerário, o qual pode criar uma rede de incompreensão e preconceito, capaz de gerar imenso prejuízo social (v.2)!
Todavia, será que todo julgamento estaria incorreto? Jesus queria que não fôssemos capazes de discernir entre um comportamento correto de outro incorreto? Ora, isto seria completamente ilógico. Adiante, Jesus enfatiza que temos de detectar o que está de errado, mas, em primeiro lugar, temos de procurar o erro em nós mesmos: "Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão." (v. 4-5). A lição é clara: apenas quando procurarmos pelos nossos defeitos e os removermos, estaremos aptos para auxiliar (e não criticar!) os outros a vencerem seus erros.