Uma nova pesquisa sugere que quando as pessoas não religiosas pensam na própria morte, elas ficam conscientemente mais céticas quanto às crenças, mas inconscientemente, ficam mais receptivas.
No caso dos religiosos, a pesquisadores da Universidade de Otago descobriram que suas crenças ficam ainda mais fortes, tanto conscientemente quando inconscientemente. Isso pode ajudar a explicar porque a religião é um aspecto tão presente na história humana.
Um dos autores do estudo, Jamin Halberstadt, afirma que esses resultados se encaixam na teoria de que o medo da morte leva as pessoas a defenderem suas próprias visões de mundo, religiosas ou não.
“Entretanto, quando estudamos os efeitos inconscientes, um resultado diferente emergiu. Enquanto os religiosos se mostraram mais ‘crentes’, os ateus ficaram menos confiantes”, afirma.
Para estudar o inconsciente, os autores usaram técnicas que incluíram a velocidade com que os participantes afirmavam ou negavam a existência de Deus e outras entidades religiosas. Após pensar sobre a morte, os ateus foram mais lentos em afirmar suas convicções.
“Isso pode ajudar a explicar porque a religião é uma característica tão persistente em nossa sociedade. O medo da morte é uma experiência humana universal, e as crenças religiosas parecem ter um importante papel psicológico nesse ponto. E como mostramos, as crenças operam tanto conscientemente quando inconscientemente, permitindo que mesmo os ateus tomem vantagem delas”.