“BBB é a prova da decadência de nossa civilização”



A 13ª edição do reality show Big Brother Brasil iniciou-se com o costumeiro desfile de beldades e corpos malhados na “casa mais vigiada do Brasil”, segundo o slogan da própria TV Globo.

As cenas do programa mostram, mais uma vez, os conchavos e estratégias dos brothers, dispostos a tudo para ganhar o prêmio de R$ 1,5 milhão, passando pelas costumeiras discussões e brigas e chegando até a mostrar os hábitos de (ou falta) higiene dos confinados no espaço cenográfico.

O programa, intensamente criticado pela grande maioria dos evangélicos, encontra apoio de alguns que se valem da passagem bíblica de I Tessalonicenses 5:21, de “examinar tudo e reter o bem”. 

Mas, para o pastor Walter McAlister, bispo primaz da igreja Cristã Vida Nova, isso não passa de “um pretexto esfarrapado para quem não tem o que fazer e se entretém com algo absurdamente estúpido”.

Para o líder religioso, os que assistem ao reality cometem “um pecado inenarrável contra seu cérebro e sua alma”.  Ele diz que “examinar tudo e reter o que é bom” é diferente de procurar no lixo algo que se possa reutilizar.

Ele explica que a passagem paulina é um mandato cristão, o que é diferente de se viver na miséria cultural. “Culturalmente a grande maioria vive na miséria absoluta. Não leem, não pensam, e vivem a piolhos da cabeça uns dos outros – algo bem próprio de primatas menos desenvolvidos”, diz, contundente.

McAlister diz que não acompanha programas de televisão há anos, mas conhecendo o teor do reality, acredita que ele seja uma prova da decadência de nossa civilização. Em sua ácida critica, ele o qualifica de “absurdamente estúpido”.

“É uma prova clara e evidente da decadência desta nossa civilização. Assistir pessoas não fazerem nada de útil, até que cada um seja eliminado ao bel-prazer do público é o cúmulo da imbecilidade. Quem assiste algo assim está sendo feito de palhaço. É a barbarização de uma cultura que consegue se entreter contemplando o próprio umbigo.”

Ele continua sua análise mordaz dizendo que assistir algo como o BBB é “simplesmente a morte do raciocínio. Este só é cultivado pela leitura e pela interação racional entre pessoas que pensam. Estamos ficando com o QI de um quiabo”, diz.

Concluindo, Mc Alister traça um cenário sombrio do atual momento da sociedade e suas formas de entretenimento.

“As colunas desta civilização estão caindo. Este programa não é a razão, é a prova de que estamos vivendo o fim de uma era”.


[HR] Compartilho de alguns dos pensamentos abordados nessa matéria, NÃO TODOS. E já vi sim alguém tentar utilizar a Bíblia para satisfazer seu desejo de consumir produtos midiáticos como o BBB. De fato isso é uma tremenda ignorância, afinal, eu não preciso fuçar em lixo, para saber que ele não presta! Vale a pena procurarmos ser mais críticos e utilizarmos o bom senso cristão.
Conheço muitas pessoas que nem são religiosas mas sabem que tal programa não é útil. Outras que sabem que o programa não presta mas mesmo assim assistem. Pelo menos esses não tentam justificar seus atos, muito menos se baseiam na Bíblia ou em algo parecido para praticá-los.
Se querem recorrer à Bíblia, por que ignorar o verso abaixo, que indica o bom senso?
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." (Filipenses 4:8)