O caráter de Deus


Satanás tinha trabalhado muito para eliminar a verdadeira impressão de Deus e para representá-l’O como um Deus sem amor. Este é o caráter de Satanás. Ele não tem misericórdia nem compaixão. Arrogante e vingativo, deleita-se na miséria que causa na família humana. Ele tentou atribuir estes atributos ao Deus do Céu.

Cristo veio para eliminar estas impressões injustas. Ele veio para assegurar aos homens que não precisam de ter medo de se aproximar de Deus por causa da Sua grandiosidade e majestade. Ele procurou constantemente captar a atenção dos Seus ouvintes para Deus. Apresentou a grandeza do amor do Pai, declarando que Ele tinha um cuidado tão grande pelos Seus filhos que até os cabelos da sua cabeça estão numerados. Nem um pássaro cai ao chão sem que o Pai celestial veja. Ele simpatiza com todas as criaturas que fez, e se o coração for colocado nas Suas mãos, e afinado pelo Seu poder, responderá com melodias e ações de graça. (Ellen G. White, Signs of the Times, 20 de janeiro de 1898)

O perdão de Deus não é meramente um ato judicial pelo qual Ele nos livra da condenação. É não apenas perdão pelo pecado, mas libertação do pecado. É o transbordar do amor redentor que transforma o coração. David tinha a verdadeira conceção do perdão ao orar: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.” Sal. 51:10.

Se te aproximares um passo que seja, arrependido, Ele apressar-Se-á a cingir-te com os Seus braços de infinito amor. O Seu ouvido está aberto ao clamor da alma contrita. Deus conhece o primeiro anseio que o coração sinta por Ele. Nunca é proferida uma oração, por mais vacilante que seja, nunca uma lágrima vertida, por mais secreta, e nunca alimentado um sincero anseio, embora débil, que o Espírito de Deus não Se apresse para satisfazer. Antes mesmo de ser pronunciada a oração, ou expresso o desejo do coração, sai graça de Cristo para se juntar à graça que opera na alma humana. (Ellen G. White, A Fé Pela Qual Eu Vivo - Meditações Matinais, 2006)