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Deus tem um propósito ao enviar provações aos Seus filhos. Ele nunca os dirige de outra forma diferente daquela que eles mesmos escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio, e discernir a glória do objetivo que estão a cumprir. Ele submete-os à disciplina para torná-los humildes – para orientá-los, ao longo da provação e da aflição, para ver a sua fraqueza e aproximá-los d’Ele. Quando clamam a Ele pedindo ajuda, Ele responde, dizendo: “Eis-Me aqui.”
Os cristãos são as joias de Cristo. Eles devem brilhar com fulgor para Ele, irradiando a luz da Sua formosura. O seu lustre depende do polimento que receberem. Podem escolher ser polidos ou permanecer sem polimento. Mas todo aquele que é declarado digno de um lugar no templo do Senhor deve submeter-se ao processo de polimento. Sem o polimento que o Senhor dá não podem refletir mais luz do que um seixo comum.
Cristo diz ao homem: és Meu. Comprei-te. Agora és apenas uma pedra tosca, mas se te colocares nas Minhas mãos, irei polir-te, e o brilho com que hás de brilhar trará honra ao Meu nome. Nenhum homem te pode arrancar da Minha mão. Farei de ti o Meu tesouro especial. No dia da Minha coroação serás uma joia na minha coroa de regozijo.
O divino Obreiro gasta pouco tempo em material sem valor. Ele trabalha apenas as joias preciosas à semelhança de um palácio, limando todas as arestas ásperas. Este processo é severo e penoso; fere o orgulho humano. Cristo aprofunda a experiência que o homem, na sua autossuficiência, considerava completa, e elimina a exaltação do caráter. Ele remove a superfície excedente, e colocando a pedra sobre a roda de polir, pressiona-a com força, para que toda a irregularidade seja aparada. Então, erguendo a joia contra a luz, o Mestre vê nela um reflexo da Sua própria imagem, e declara-a digna de um lugar no Seu templo.
“Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, te tomarei, ... e te farei como um anel de selar; porque te escolhi, diz o Senhor dos Exércitos” (Ageu 2:23). Bendita seja a experiência, embora rigorosa, que dá novo valor à pedra, e a faz brilhar com vivo esplendor!
(Ellen G. White, Review and Herald, 19 de dezembro de 1907)