"Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração." (Mateus 6:21)
William Temple certa vez afirmou: "Sua religião é aquilo que você pensa quando está sozinho." Em outras palavras, o verdadeiro deus de seu coração é aquilo que ocupa seu pensamento, sem qualquer esforço, quando nada demanda sua atenção. Aquilo em que você realmente tem prazer em pensar. Com o que você se ocupa mentalmente com frequência? Com o que você sonha acordado? Sucesso? Carreira? Bens materiais, uma casa nova, um carro? Um relacionamento com uma pessoa em particular? Não creio que "sonhos" ocasionais sejam uma indicação de idolatria. É a frequência, a constância do "sonho" que conta. Pergunte a você mesmo: "Em que penso habitualmente, na privacidade de meu coração?" Qual é, realmente, o amor de seu coração? Provavelmente aí esteja seu ídolo. Outra maneira de discernir o verdadeiro amor de nosso coração é observar em que gastamos a maior parte de nosso tempo vago.
Ainda outro teste pode ser este: em que você gasta seu dinheiro? Segundo Jesus, nosso coração está onde é colocado nosso tesouro. Seu dinheiro, normalmente, flui sem muita dificuldade em direção àquilo com o que você realmente se importa, e a realidade demonstra que os cristãos modernos são tão materialistas como qualquer outra pessoa em nossa cultura. Isso deixa suas digitais no uso que fazemos do dinheiro. Segundo Paulo, se Deus e Sua graça são aquilo que você mais ama, você encontrará formas de utilizar o dinheiro em serviço solidário, altruísta (2Co 8:7-9). A maioria de nós, contudo, tende a gastar mais em roupa, amenidades preferidas ou em símbolos de status. Nosso estilo no uso do dinheiro revela o que adoramos.
Finalmente, um teste adicional de idolatria é encontrado em como as coisas espirituais realmente afetam nossos planos no nível concreto. Em sua vida, qual é o impacto daquilo em que você diz crer? Você pode afirmar que acredita no segundo advento, mas como isso afeta suas "construções" físicas e metafóricas? Muitos de nossos projetos facilmente revelam em que realmente cremos. Em muitos casos, aquilo que pregamos ou em que dizemos acreditar não exerce qualquer influência real. Mas, claro, podemos utilizar discursos ou motivações falsas para justificar a idolatria prática, seja ela pessoal ou corporativa. Mas que discurso podemos apresentar ao Deus que conhece as mais secretas intenções?
(Amin A. Rodor, Encontro com Jesus, CPB)