Dizem que morar junto antes de casar aumenta o risco de divórcio. E, além disso, causa depressão. Pois é, nada bom. E o pior: os benefícios que o casamento traz à saúde não valem para os casais que apenas foram morar juntos, sem assinar a papelada, trocar alianças e aquilo tudo.
É o que acreditam os pesquisadores da Universidade de Virginia. Eles convidaram alguns casais “juntados” e outros casados de verdade para passar por um teste. Todos passaram pelo mesmo procedimento: uma pessoa deitava dentro de um aparelho de ressonância magnética e lá recebiam avisos sobre a probabilidade de levar um choque ou não.
Durante o processo, os voluntários podiam segurar a mão do parceiro, ou de um estranho ou de ninguém. Quando os casados pegavam na mão do companheiro, o hipotálamo, que desempenha um papel importante no reconhecimento de emoções e reações às ameaças, desacelerava. Era imediato. Como se fosse mais fácil lidar com o perigo com o amante por perto.
Já os “juntados” não tinham essa mesma reação: o perigo era tão estressante com ou sem o parceiro. Alguns, na verdade, até tinham, mas só entre aqueles se consideravam casados, apesar de não terem nunca assinado papéis ou feito uma grande cerimônia de casamento. “Há um efeito regulador forte e previsível entre os casados e nenhum efeito nos casais que apenas moram juntos”, explica Jim Coan, um dos autores da pesquisa.
Segundo os pesquisadores, os casais que moram juntos confiam menos um no outro. “Não casar significa manter um pouco de distância emocional. Você não está fechado nisso. Eu imagino que funcione como um sinal para o cérebro, que diz que você não pode terceirizar a resposta ao estresse para o seu companheiro”, conta Coan.
É… melhor casar, pessoal.